A criação desta data é uma homenagem ao centenário do poeta popular cearense, Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré (1909 – 2002).
O Dia do Nordestino foi oficializado com a lei nº 14.952, de 13 de julho de 2009, na cidade de São Paulo, região com a maior concentração de nordestino em todo o país, fora do Nordeste.
CABRA DA PESTE (Patativa do Assaré)
Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece, procura vencer,
Da terra querida, que a linda cabocla
Com riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome,
Olho para fome e pergunto: o que há?
Eu sou brasileiro fio do Nordeste,
Sou Cabra da Peste, sou do Ceará
Tem muita beleza minha boa terra,
Derne o vale à serra, da serra ao sertão
Por ela eu me acabo, dou a própria vida,
É terra querida do meu coração
Meu berço adorado tem bravo vaqueiro
E tem jangadeiro que domina o má
Eu sou brasileiro fio do Nordeste,
Sou Cabra da Peste fio do Ceará
Ceará valente que foi muito franco
Ao guerreiro branco Soares Moreno,
Terra estremecida, terra predileta
Do grande poeta Juvená Galeno
Jaqueline Aragão Cordeiro