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Jaqueline Aragão Cordeiro
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Entre histórias, cultura e os caminhos do nosso turismo, celebramos os encantos do povo cearense: saberes, curiosidades e tradições que embalam a alma do nosso lugar.

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Francisco Valdivino Nogueira, Padre Valdivino

Jaqueline Aragão Cordeiro, 4 de março de 201710 de março de 2017

Padre Valdivino

Francisco Valdivino Nogueira nasceu no dia 24 de abril de 1866, no lugar chamado Jurema, em Limoeiro do Norte. Foi o primeiro filho de Valdivino de Sousa Nogueira e de Maria Joana Nogueira.  O casal viajava de Redenção para Limoeiro, onde Maria Joana daria a luz, na casa de seus pais. Porém, a cansativa viagem, sob o forte inverno daquele ano, fez com que a gestante não conseguisse chegar ao destino para dar a luz, o fato aconteceu no trajeto, sob um pé de oiticica e deitada em uma cama feita com varas. Assim veio ao mundo o pequeno Francisco.

Em 07/04/1879, faleceu, vítima do cólera morbus, seu pai, Valdivino de Sousa Nogueira. Francisco então, com apenas 13 anos de idade, se viu sozinho com a mãe e mais seis irmãos menores.

A pedido de Francisco, que desejava entrar para o seminário, a viúva veio para Fortaleza, sujeitando-se a humilhações pelo qual passavam as viúvas da época. Em 1880 Francisco era seminarista e em 1883, sua mãe casou com o comerciante Juvenal de carvalho.

Em 08 de dezembro de 1888, a cidade de Redenção assistia a primeira missa do filho de “Dona Mariquinha”, o padre Valdivino. Apesar da incredulidade do chefe político da cidade, que anos atrás disse a pobre viúva: “não ponha seu filho no seminário, porque nunca se viu filho de viúva dar pra nada”.

Padre Valdivino lecionou por dez anos no Seminário da Prainha. Ensinou Português, latim e História Universal. Foi nomeado vigário coadjutor de Baturité, pelo Bispo Dom Joaquim José Vieira. Depois, tomou posse como vigário da freguesia de Cascavel. Foi membro da Academia Cearense de Letras e do Instituo do Ceará. Dizem que os jornais que escrevia, eram disputadíssimos, por causa de sua forma leve e elegante de escrever, que lhe rendeu o apelido de “Crisóstomo Cearense”¹.

Tinha elevada estatura, grande força moral, foi político, patriota ardoroso, escritor admirado e filho amoroso, não só com sua mãe, mas também com seu padrasto a quem declarou ser “O filho que o ama e venera”.

Faleceu em Redenção, no dia 08 de setembro de 1921.

(1) Crisóstomo – Que tem boca dourada, cujas palavras são de ouro (forma figurativa).

Fonte: A linguagem do Padre Valdivino, José Valdivino, Academia Cearense de Letras.
Jaqueline Aragão Cordeiro

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Comment

  1. Gerson saraiva disse:
    30 de novembro de 2023 às 08:37

    Um imortal não deixa de ser.

    Responder

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