O primeiro governador do Ceará foi Bernardo Manuel de Vasconcelos, que ficou no poder entre 1799 e 1802. Um dos seus primeiros atos foi a instalação da Junta da Fazenda do Ceará, evidenciando a preocupação lusitana em arrecadar mais tributos. Nessa mesma direção, construiu o edifício sede da alfândega da Capital e de Aracati (então o principal polo econômico da capitania), criou casas de inspeção de algodão e, para facilitar a produção sertaneja, abriu várias estradas ligando o interior a Fortaleza.
Ainda no campo administrativo, Vasconcelos reformulou o quartel da tropa de linha e levantou um conjunto de baterias no Mucuripe para melhor proteção do litoral. Também reedificou as vilas indígenas de Arronches (Parangaba), Soure (Caucaia) e Messejana, bem como instalou as vilas de Russas e Tauá em 1801.
O segundo governador foi João Carlos Augusto de Oeynhausen e Grwenbourg, de ascendência germânica, jovem afilhado da rainha D. Maria, a “Louca”. Administrou a capitania entre 1803 e 1807, quando, além de presenciar as pesadas chuvas do inverno de 1805 (que provocou inundações, desabamentos, mortes) fez introduzir, em pequena escala, o uso da vacina contra a “bexiga” (varíola), doença que assolava a colônia (chegou mesmo a forçar os habitantes a se vacinarem). Contudo, talvez o fato principal desse período tenha sido a prisão que fez pessoalmente de um poderoso latifundiário chamado Manuel Martins Chaves (parente da família Feitosa), na vila Nova Del Rei (Guaraciaba do Norte).
O terceiro a ocupar o governo cearense foi Luís Barba Alado de Menezes entre 1808 e 1812. Seu período coincide com a chegada e instalação do príncipe regente D. João e a Família Real portuguesa no Brasil e a posterior abertura dos portos “as nações amigas” (1808).
Foi na administração Barba Alado que se iniciou o comércio direto do Ceará com a Inglaterra. Essa nova rota foi inaugurada pela galera Dois Amigos (pertencente ao rico comerciante português Antônio José Moreira Gomes, estabelecido em Fortaleza desde 1777), que em fevereiro de 1809 saiu da capital cearense transportando sobretudo algodão; depois, outras embarcações norte-americanas, inglesas e portuguesas passaram a fazer tal percurso.
O quarto governo cearense do período colonial ficou a cabo do coronel de engenheiros Manuel Inácio de Sampaio, mais conhecido por Governador Sampaio, que administrou a capitania entre 1812 e 1820. De todos os governadores desta etapa, foi sem dúvida o mais polêmico, lembrado historicamente como eficiente administrador e, ao mesmo tempo, como um homem autoritário, despótico, ambicioso, “fiel servo del-rei”, capaz de praticar barbaridades para “manter a ordem” e, claro, sustentar-se no poder.
No que se refere a realizações, Sampaio foi notável. Trouxe para auxiliá-lo o engenheiro português Antônio da Silva Paulet, que elaborou o primeiro plano urbanístico de Fortaleza, visando a ordenar as construções de obras públicas e particulares. Paulet também projetou a reconstrução, em 1812, do forte de Nossa Senhora da Assunção, agora em alvenaria, contando com inúmeras doações, algumas das quais em dinheiro.
No ano de 1812, Sampaio instalou a repartição local dos correios, além da construção de um mercado público em Fortaleza e da instalação de alfândegas provisórias em Granja, em Sobral e em Crato.
O quinto e último governador cearense do período colonial foi Francisco Alberto Rubim, que governou de julho de 1820 a novembro de 1821. Seu governo foi muito curto, pois em novembro de 1821, acabou sendo deposto em um levante militar; seu rápido período no poder caracterizou-se por intensa agitação política, reflexo do que acontecia no resto do Brasil e em Portugal
Com a deposição do governador Rubim, o governo cearense foi entregue provisoriamente a Francisco Xavier Torres, que realizou eleições para escolha dos representantes cearenses na Assembleia Constituinte Portuguesa.
O período compreendido entre 1821 e 1825, pode ser considerado como pertinente à fase revolucionária de grandes agitações políticas.
O Governo de Francisco Xavier Torres (novembro de 1821 a janeiro de 1822);
O Primeiro Governo Provisório. Em 15 de janeiro de 1822, foi eleita uma Junta Governativa cearense, dirigida por José Raimundo do Paço de Porbém Barbosa.
O Segundo Governo Provisório. No dia 22 de janeiro de 1823 assumiu o poder no Ceará uma Junta liderada por Pereira Filgueiras.
O Terceiro Governo Provisório. A 3 de março de 1823, foi eleita a Terceira Junta Governativa do Ceará, desta vez formada por elementos brasileiros, sob a liderança do padre Francisco Pinheiro Landim. Foi na administração da Landim que a capital cearense foi elevada à condição de cidade, com o nome de Fortaleza de Nova Bragança.
Jaqueline Aragão Cordeiro
Sou cearense nascido em Jatí, viemos para
S. Paulo em 1968 com 14 anos de idade.
Sou realmente apaixonado pelo Nordeste e o Ceará, me fascina. A história da minha terra
natal é muito linda. Brevemente estarei por lá.
Sou cearense nascido em Jatí.
Viemos para S. Paulo em 1968 realmente a história da minha terra natal, é fascinante.
Um forte abraço à todos, e brevemente estarei
por aí.