GOVERNADORES DO CEARÁ DURANTE A REPÚBLICA
Luís Antônio Ferraz (1889-1891). Assumiu o governo provisoriamente de 16 de novembro de 1889 até 11 de fevereiro de 1891.
José Clarindo de Queiroz (1891-1892). Assumiu o governo a 7 de maio de 1891, com o propósito de elaborar a primeira constituição do Estado, bem como eleger o governo constitucional, instalou-se o Congresso Constituinte Cearense.
Em 16 de julho de 1891, foi promulgada a primeira Constituição do Ceará. Devido a forte oposição, acabou sendo deposto em um levante armado em fevereiro de 1892.
José Freire Bezerril Fontinelle (1892-1896). Assumiu o governo em fevereiro de 1892 e durante o seu mandato nada realizou de importante.
A OLIGARQUIA ACCIOLINA
Nogueira Accioly (1896-1900). O comendador Antônio Pinto Nogueira Accioly, recebeu o Ceará com saldo financeiro positivo, no entanto, em pouco tempo deixou o Estado falido. Foi comum em seu governo obras faraônicas e corrupção. Entre suas realizações destacam-se: a construção de linhas telegráficas estaduais ligando Fortaleza ao interior; construção de pontes e estradas de ferro que nunca foram montadas, mas o dinheiro desapareceu dos cofres públicos.
Pedro Borges (1900-1904). O governo de Pedro Augusto Borges foi a continuidade da oligarquia acciolina. Durante seu governo deu-se a construção da academia livre de direito do Ceará, além da greve dos catraieiros de Fortaleza e da impunidade dos crimes no sertão.
Nogueira Accioly (1904-1908). Durante esse período intensificou-se a luta política entre a oligarquia acciolina e as oposições centradas em Fortaleza.
Nogueira Accioly (1908-1912). Durante esse período deu-se a repressão à passeata das crianças em Fortaleza e outras manifestações populares. A oligarquia chegou ao fim com a revolta popular de 1912.
Franco Rabelo (1912-1914). Para assumir o governo em 1912 Rabelo fez um acordo com Accioly, obtendo o referendo de apenas 12 deputados, quando necessitava de 16. O acordo e a aproximação de Rabelo com o grupo político de Paula Rodrigues levou muitos ex-aliados para oposição. Rabelo acabou renunciando em 14 de março de 1914 diante da forte oposição do padre Cícero e de Floro Bartolomeu.
Setembrino de Carvalho (1914). O general Setembrino assumiu o governo do Ceará como interventor em 15 de março de 1914; ficando no poder até 12 de julho de 1914.
Benjamim Liberato Barroso (1914-1916). Administrou o Ceará com o apoio dos conservadores Marretas. Promoveu intensa perseguição aos criminosos no interior do Ceará. Durante seu governo ocorreu a famosa Seca do Quinze (1915).
João Tomé de Sabóia e Silva (1916-1920). Durante seu governo ocorreu uma reorganização da economia cearense. Dentre suas realizações estão a construção de açudes, poços e estradas, além do financiamento a agricultura.
Justiniano de Serpa (1920-1923). Serpa assumiu o governo cearense em julho de 1920, quando o Estado ainda sofria com a seca do ano anterior. Renunciou no mês de junho de 1923, transferindo o poder ao vice Ildefonso Albano.
Ildefonso Albano (1923-1924). Ildefonso completou o quadriênio. Ex-prefeito de Fortaleza no governo de Franco Rabelo (1912-1914), teve uma administração muito apagada.
José Moreira da Rocha (1924-1928). O Desembargador Moreira da Rocha fez um dos piores governos da história cearense. Governo esse marcado por perseguições políticas aos adversários. Durante sua gestão, a população de Fortaleza revoltou-se contra o sistema de transportes, a Coluna Prestes esteve no Ceará e houve um aumento da criminalidade nos sertões.
José Carlos de Matos Peixoto (1928-1930). Foi um verdadeiro representante das oligarquias agrárias. Governou o Ceará até a Revolução de 1930.
Jaqueline Aragão Cordeiro