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João Nogueira Jucá

Jaqueline Aragão Cordeiro, 26 de junho de 201726 de junho de 2017

João Nogueira Jucá nasceu em Fortaleza, no dia 24 de novembro de 1941 na Casa de Saúde São Raimundo, era filho do Desembargador José Jucá Filho e da Professora Maria Nogueira de Menezes Jucá. O casal tinha mais dois filhos: José Jucá Neto e Jovina Jucá.

Seus primeiros cinco anos de vida foram passados na antiga cidade de São Francisco, hoje Itapajé, onde seu pai exercia o cargo de Juiz Municipal e sua mãe o de Professora do Grupo Escolar. Sendo seu pai promovido, teve que morar na cidade de Lavras da Mangabeira, no ano de 1946. Alfabetizado por sua mãe, iniciou o Curso primário na mesma cidade, onde ficou até 1948, quando veio definitivamente para Fortaleza.

Na Capital, continuou os estudos, frequentando sucessivamente, os Colégios Fênix Caxeiral e 7 de Setembro. O curso ginasial foi feito no Colégio Cearense, iniciando o científico no Colégio São João.

Na adolescência, relatam seus familiares, que ele tinha complexo de inferioridade por ser excessivamente magro e alto, atingindo a altura de 1,83m. A custa de constantes e religiosos exercícios e prática de esportes conseguiu quase que a perfeição corporal, tornando-se um atleta, com um biotipo de causar inveja e afastar de uma vez por todas com o complexo que tanto atormentava os jovens da época. Tinha por hábito duas vezes por semana, nadar da praia de Jacarecanga até o Cais do Porto.

Moço inteligente, tinha uma personalidade altiva e impressionante. Sua vocação, como sempre repetia quase que obsessivamente, era de ser Oficial da Marinha do Brasil. E para isso, não parava de se preparar com afinco.

Com seus projetos bem elaborados e trabalhando para atingir seus objetivos, o jovem João não imaginava que sua vida fosse mudar tão radicalmente.

O dia era 04 de agosto de 1959, por volta das 14:20hs. João Nogueira Jucá, então com 17 anos, voltava de uma aula no Colégio São João, quando ao passar próximo a Casa de Saúde Cesar Cals, percebeu um grande incêndio causado pela explosão de um depósito de éter.

O jovem não pensou duas vezes, rapidamente entrou no prédio em chamas e socorreu várias pessoas. Entre as muitas idas e vindas, ainda na tentativa de salvar mais vítimas, foi atingido pela explosão de um cilindro de oxigênio.

A partir daí, começou seu martírio pessoal. Com 80% do seu corpo com queimaduras gravíssimas, veio a falecer, no dia 11 de agosto, na Assistência Municipal, hoje, Instituto Dr. José Frota (Frotão), onde também faleceram outras 25 vítimas do incêndio. Durante o período em que esteve lutando por sua vida, recebeu a visita do Governador Parsifal Barroso, que emocionado, beijou-lhe a mão e agradeceu em nome do povo cearense,  seus pais e irmãos estiveram ao seu lado todos os dias. O jovem dizia que o corpo doía como brasa, mas quando lhe perguntavam se estava arrependido do ato que o deixara naquele estado, respondia que não, e que se preciso fosse, faria tudo novamente.

Desde então, pessoas e entidades, lutam para não deixar o nome do jovem, nem o seu feito, cair no esquecimento. Todo dia 11 de agosto, data do seu falecimento, uma missa é celebrada em sua homenagem, na capela do Hospital Geral Cesar Cals.

O Corpo de Bombeiros também contribui para que João Nogueira Jucá não seja esquecido, desde 1995, realizam um tributo pela memória do jovem. O evento é organizado pela Associação dos ex-alunos do Colégio São João, Hospital Geral Cesar Cals e Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, com a participação da Organização Educacional Farias Brito, Centro Educacional Estudante João Nogueira Jucá e demais entidades que levam seu nome.

Homenagens:
– Na Praça da Lagoinha, tem um busto do jovem
– Tornou-se o primeiro Bombeiro honorário do Corpo de Bombeiros do Estado do Ceará
– Deu nome a medalha que homenageia atos de bravura, concedida pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Ceará
– Recebeu o título de Herói do Ceará
– Membro honorário da Associação dos ex-alunos do Estado do Ceará
– Patrono da Campanha Contra a Pena de Morte no Ceará

Fonte: Portal Militar / Jornal O Povo / ceara.gov.br / hgcc.ce.gov.br / www.apeoc.org.br
Jaqueline Aragão Cordeiro

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Comment

  1. Attila Rivera disse:
    12 de agosto de 2019 às 18:15

    O único título que eu não gostei foi o que “patrono contra a pena de morte”.

    Responder

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