A Jurema é uma planta da família das leguminosas, comum no Nordeste brasileiro, com propriedades psicoativas. A família das leguminosas possui importantes espécies cultivadas para alimentação, inclusive do nordestino (Mangalô, Andu, Algaroba, além de Feijões de diversas espécies incluindo a Soja) também exerce importante função ecológica por abrigar espécies de bactérias nitrificantes, ou seja, que fixam nitrogênio, essencial para a vida, no solo.
Atinge de 4-5m de altura, dotada de copa rala e irregular. O tronco atinge de 20 a 30 cm de diâmetro, muito espinhento, levemente inclinado e revestido por casca grosseira que se desprende em lâminas estreitas que se levantam nas extremidades deixando mostrar em baixo uma superfície vermelha. Os ramos novos são cobertos por pelos viscosos. A floração ocorre durante um longo período do ano, mas intensamente entre os meses de setembro e janeiro. Os frutos amadurecem principalmente em fevereiro-abril.
O termo Jurema designa várias espécies de Leguminosas dos gêneros Mimosa, Acácia e Pithecelobium. A classificação popular distingue a Jurema branca e Jurema preta. Para Sangirardi Jr. o termo Jurema, Jerema ou Gerema vem do tupi yú-r-ema quer quer dizer “espinheiro”. Entre espécies conhecidas como jurema inclui-se ainda: Jurema-embira e Jurema-angico.
Já foi identificado nas cascas e raízes frescas da Jurema, uma potente substância alucinógena, responsável pelo seu efeito. As acácias são encontradas amplamente distribuídas pelo globo, por exemplo no México, Austrália, África e Oriente, sendo que muitas delas são psicoativas, assim como sagradas em várias culturas.
Quanto ao uso da jurema no nordeste do Brasil, há referências de uso em diversas misturas e modos de uso e preparação. Entrecascas e raízes da Jurema (Mimosa) extraídas com álcool, com água (por decocção ou maceração) com e sem fermentação.
O vinho de jurema é uma bebida sagrada utilizada pelos indígenas em rituais xamânicos, com efeitos psicodélicos. Entre as formas de consumo na medicina indígena está a utilização simultânea com fumo, realizada por todas as tribos no Nordeste.
Fonte: Wikipedia / Um pé de quê?
Jaqueline Aragão Cordeiro
COISA DE CEARENSE