Homenagem ao Estado do Ceará
Enredo: O salvador da Pátria (O enredo disserta sobre o bode Ioiô, personagem folclórico da Praça do Ferreira do inicio do século XX – Leia mais aqui)
O meu bode tem cabelo na venta
O Tuiuti me representa
Meu Paraíso escolheu o Ceará
Vou bodejar, láiá, láiá
O meu bode tem cabelo na venta
O Tuiuti me representa
Meu Paraíso escolheu o Ceará
Vou bodejar, láiá, láiá
Vendeu-se o Brasil, num palanque da praça
E ao homem serviu, ferro, lodo e mordaça
Vendeu-se o Brasil, do sertão até o mangue
E o homem servil verteu lágrimas de sangue
Do nada, um bode vindo lá do interior
Destino pobre, nordestino sonhador
Vazou da fome, retirante ao Deus dará
Soprou as chamas do dragão do mar
Passava o dia ruminando poesia
Batendo cascos no calor dos mafuás
Bafo de bode, perfumando a boemia
Levou no colo, Iracema, até o cais
Com luxo, não, chão de capim
Nasceu moderna, Fortaleza pro bichim
Pega na viola, diz um verso pra iô-iô
O salvador! O salvador!
Pega na viola, diz um verso pra iô-iô
O salvador! O salvador!
Ora, meu patrão
Vida de gado, desse povo tão marcado
Não precisa de dotô
Quando clareou o resultado
Tava o bode ali sentado
Aclamado o vencedor
Nem berrar, berrou
Sequer assumiu
Isso aqui, iô-iô, é um pouquinho de Brasil
Nem berrar, berrou
Sequer assumiu
Isso aqui, iô-iô, é um pouquinho de Brasil
O meu bode tem cabelo na venta
O Tuiuti me representa
Meu Paraíso escolheu o Ceará
Vou bodejar, láiá, láiá
O meu bode tem cabelo na venta
O Tuiuti me representa
Meu Paraíso escolheu o Ceará
Vou bodejar, láiá, láiá
Jaqueline Aragão Cordeiro