O Ceará tem atualmente 184 municípios, com cultura, riquezas e costumes de um povo único. Nessa postagem não vamos destacar detalhes de cada município, mas somente a origem do nome. Clicando no link, você poderá ver informações completas no site ceará.com.br.
MAPA GEOGRÁFICO DA CAPITANIA DE “SIARÁ” – DATADO DE 1800
BAIXIO – Vem do Português e foi dado a este município devido a acidentes geograficos da região. Sua denominação original era Baixio, depois Umari, Ipaumirim e desde 1932, Baixio.
BANABUIÚ – Vem do Tupi Guarani Bana (Borboleta) e Buy ou Puyú (Brejo) e significa Brejo das Borboletas. De acordo com Tomás Pompeu de Sousa Brasil, Banabuiú significa Rio que tem muitas voltas: bana (que torce, volteia); bui (muito, com excesso); e u (água, rio). Sua denominação original era Poço Preto, depois Laranjeiras e desde 1943, Banabuiú.
BARBALHA – Barbalha é alusivo ao nome de uma moradora de uma sítio da região. Sua denominação original era Freguesia do Santo Antônio de Barbalha e desde 1838, Barbalha.
BARRO – É uma alusão ao riacho e a fazenda Barro. Sua denominação original é Barro, sem modificações no decorrer dos tempos.
BARROQUINHA – Faz alusão a um efeito geológico de formação de pequenas massas erodidas ou barrocas. Sua denominação original era Paço Imperial, Barroquinhas e desde 1960, Barroquinha.
BATURITÉ – Existem várias sugestões para a origem desse nome, mas vou postar aqui, a que sugere nome Tupi: vem do decomposto do Tupi bu (sair, rebentar, sair da fonte), ty (água) e ete (boa) e significa sair água boa, uma alusão às inúmeras fontes de água cristalina que jorram da serra; ou uma corrutela do ibi (terra), tira (alta), eté e significa serra.
BEBERIBE – Assim como Baturité, existem controvérsias quanto a origem do nome, segundo Theodoro Sampaio, traduz, grafando Bibiribe, como “no rio que vai e vem”. De bibi: o que vai e vem; y: rio; e pe ou be: em. Ele também apresenta outra versão com base em documento antigo onde se lia: yabebiry, que traslada como rio das arraias. De yabebir: arraia (por ya-pé-byra: o que tem a pele áspera ou pele de lixa); e y: rio.
BELA CRUZ – Bela Cruz faz alusão a um cruzeiro de praxe construído pelo missionário Frei Vidal da Penha. Sua denominação original era Alto da Genoveva, depois Santa Cruz do Acaraú e desde 1938, Bela Cruz.
BOA VIAGEM – Faz uma alusão a santa e uma história de tradição oral, tipo Romeu e Julieta. Sua denominação original era Cavalo Morto e oficialmente desde 1862, Boa Viagem, porém em mapas datados de 1800 já é cartografada como Boa Viagem. (Ver mapa no topo)
BREJO SANTO – Brejo Santo faz uma alusão ao nome de uma fazendeira e figura de influência política. Sua denominação original era Brejo da Barbosa, depois Brejo dos Santos e desde 1938, Brejo Santo.
CAMOCIM – Segundo Silveira Bueno: cambucy, camucym ou camotim vem do Tupi Guarani e significa buraco para enterrar defunto ou pote (vaso em geral). Há quem considere camotim como a urna funerária dos indígenas, também chamada de igaçaba Gonçalves Dias traduz igaçaba como louça. É costume os moradores desta cidade serem chamados de coró (peixe abundante na região), assim como os moradores da cidade de Granja são conhecidos como cangati. Sua denominação original era Barra do Camocim e desde 1879, Camocim.
CAMPOS SALES – É uma alusão ao quarto presidente da República Federativa do Brasil, Manoel Ferraz de Campos Sales. Sua denominação original era Várzea das Vacas, depois Várzea da Vaca e Nova Roma (Em homenagem à alguns imigrantes italianos que por lá viviam na época em que era vila) e desde 1933, Campos Sales.
CANINDÉ – A palavra Canindé vem do tupi-guarani kanindé e tem várias significações: (1) A tribo de índios missionados e que primitivamente habitam as margens dos rios Banabuiú e Quixeramobim; (2) Uma grande tribo de tarairius, que vivia na região central do Ceará pelo sertões de Quixadá, Canindé e Alto Banabuiu, Quixeramobim; (3) Segundo Paulino Nogueira: uma espécie de arara de plumagem amarela, chamada guacamaio ou uma psitacídeo (Ara Araraúna, Arara-de-barriga-amarela ou Arara-canindé). Sua denominação original era São Francisco das Chagas do Canindé e, desde 1914, Canindé.
CAPISTRANO – É uma alusão ao historiador Capistrano de Abreu. Sua denominação original era Ribeira do Riachão, Riachão, em 1933 Capistrano de Abreu e desde 1938, Capistrano.
CARIDADE – É uma alusão a uma instalação de uma missão religiosa junto a fazenda Cágado. Sua denominação original era Kágado e desde 1911 Caridade.
CARIRÉ – Vem do Tupi Guarani e pode ter dois significados, segundo Pompeu Sobrinho: (1) cari (peixe) e ré (diferente) que significa: pseudo cari ou cari difrente; (2) ca ou cai (queimada) e riré (depois), com a significação de depois da mata ou terra depois da zona da mata. Sua denominação original não sofreu nenhuma variação desde a sua criação.
CARIRIAÇÚ – Vem do Tupi Cariri ou Kiriri (calado, taciturno) e Assú ou Açú ou Guassú (sufixo aumentativo), uma composição que significa Caladão. Sua denominação original era São José, depois Serra de São Pedro, São Pedro do Crato, São Pedro do Cariri, São Pedro e desde 1943, Caririaçu.
CARIÚS – Pode vir da linguagem Tupi ou Tapuia: cari (um tipo de peixe) e ú (água, rio), significando rio do Cari; caa (mato), ry (saída) e u (água). Segundo Tomás Pompeu Sobrinho o topônimio faz uma alusão ao rio Cariús, já segundo Paulino Nogueira, a alusão é às cabeceiras do rio Cariús, localizadas em uma serra com uma densa vegetação. Sua denominação original era Poço do Paus e desde 1951, Cariús.
CARNAUBAL – Faz uma alusão a vegetação predominante nas região deste, as vázeas de carnaubais. Sua denominação original era Olho D’água da Cruz, e depois Carnaubal dos Estógios e, desde 1936, Carnaubal.
Jaqueline Aragão Cordeiro