José Félix de Azevedo e Sá era filho de Manoel Felix de Azevedo e Sá e de Thereza Maria de Azevedo e Sá. Nasceu em Fortaleza no dia 25 de Março de 1781.
Foi Sargento-mor e Tenente-coronel graduado do Regimento de Infantaria de 2ª linha das Marinhas do Ceará e Jaguaribe, e como Conselheiro do Governo imediato, assumiu o governo quando Tristão Gonçalves seguiu para Aracati onde fora combater os imperialistas na chamada “Confederação do Equador”. Chegada, porém, á Fortaleza a esquadra de Lord Cochrane, José Felix, de acordo com ele, fez a contra revolução, buscando, assim, salvar-se e poupar o derramamento de sangue e perseguições aos conterrâneos adeptos á republica, e por proclamação de Cochrane de 31 de Outubro de 1824 foi nomeado presidente interino da Província.
Escolhido Costa Barros para presidente, José Felix entregou-lhe o governo em 17 de Dezembro, e, sendo Costa Barros removido para Maranhão, reassumiu o exercício em 13 de Janeiro, mas, com o titulo de efetivo (C.I. de 1 de Dezembro). Não havendo o Governo Imperial aprovado a anistia dada por Cochrane aos republicanos cearenses, José Felix viu serem condenados à morte, alguns dos seus companheiros de rebelião por sentença da Comissão Militar vinda á Província e da qual eram presidente Conrado Jacob de Niemeyer e relator o ouvidor bacharel Moraes Meyer.
O Padre Gonçalo Mororó, Pessoa Anta, Pereira Ibiapina, Azevedo Bolão e Silva Carapinima foram os condenados. O próprio José Felix mal visto e poder assim melhor afastar de si os raios da condenação do governo vitorioso cujo representante era Conrado de Niemeyer, a este se entregou de modo absoluto e completo.
Desiludido e abatido por tantos desgostos, em luta aberta com os rigores de uma seca tremenda como foi a de 1825, José Felix foi sucedido por Nunes Berford, empossado em 4 de Fevereiro de 1825.
O governo homenageou lhe com a Comenda de Cristo e o posto de Coronel. Faleceu em seu sítio em Caucaia, no dia 7 de Novembro de 1827, com apenas 46 anos de idade, deixando do seu casamento com Anna Caetana de Azevedo e Sá, nove filhos: Coronel Manoel Felix de Azevedo e Sá, José Felix de Azevedo e Sá, Antônio Candido de Azevedo e Sá, Romualdo Justiniano de Azevedo e Sá, Luiz Felix de Azevedo e Sá, Leonor, Maria, Ismênia e Margarida.
Fonte: Portal da História do Ceará
Jaqueline Aragão Cordeiro